Por Jessiane Santos
Estamos
interligados a todo instante com a tecnologia. Desde ao levantar até ao
dormir permanecemos conectados em todas
atividades que realizamos. De modo, não podemos negar o quanto a tecnologia tem
contribuído para a sociedade: desde a área de educação, a exemplo da educação
inclusiva, das aulas interativas, do acesso às informações, do desenvolvimento
industrial, da agilidade no trabalho,
até os avanços das ciências favorecendo as pesquisas e aperfeiçoamento
humano nas diversas áreas, entre outros.
Nota-se que este avanço também traz
questões que precisam ser levantadas e refletidas. As relações interpessoais
tem perdido seu espaço para conversa em mundo virtual. O abraço, o beijo , o
aperto de mão estão mais refletidos em gifs, emotions. Estes gestos
quando vivenciados fisicamente são imprescindíveis para a nossa
convivência. O choque de gerações também
é um ponto que precisa ser discutido. É mais frequente ver crianças em seus
notebooks , tablets e seus pais lendo jornais, revistas, assistindo televisão .
As conversas de como foi o dia, seus questionamentos, anseios são
compartilhados muitas das vezes em um mundo que é desconhecido, para muitos.
Diante dessas inquietações há
consequências também que mostram que a tecnologia não contempla a todos. E
indago a seguinte questão: a globalização, que é um processo que possibilita a
integração de pessoas, com diferentes culturas e conceitos,
não atinge todas as realidades. O dilema é : Quem tem condições
financeiras consegue adquirir aquele celular de última geração, trocar em menos
de um ano aquele carro do ano que apresenta mais um acessório, e que parece ser
indispensável. E como fica aquelas pessoas que quando falam em rede social,
entende que este termo, é aquele local onde possa descansar em um dia de
domingo, ou até mesmo, o local onde serve dentro das condições vulneráveis
acoplar seus dois ou três filhos, pois condições para uma cama ou colchão não
apresenta. Será em que contexto essas pessoas são inseridas? É na Era Digital?
Com certeza, não.
A
tecnologia possibilita a construção de nossos saberes, descobertas. Aquele país
já não é mais longe, hoje torna-se perto. Mas não podemos pensar que por meio
desta Era há equalização. Há povos que não usufruem deste processo.
Autoria : Jessiane Santos